Foram coletadas mais de 76 mil toneladas de resíduos na capital paulista no ano passado.
Em 2018, foram recolhidos 76.907 toneladas de lixo reciclável em São Paulo. No entanto, apenas 7% foi reciclado. A capital paulista tem a maior produção de lixo por pessoa no país, mas está em décimo lugar no percentual de material reciclado, segundo ranking da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Nesta sexta-feira (17) é comemorado o Dia Mundial da Reciclagem. Em fevereiro deste ano, foi lançado o Recicla Sampa, um movimento para ampliar a coleta seletiva na capital baseado em uma plataforma online de amplo conteúdo para orientar e informar os cidadãos que é preciso aumentar a quantidade de materiais reaproveitáveis e diminuir o volume dos resíduos enviados aos aterros sanitários da capital paulista.
Veja dicas de como separar o lixo
As cooperativas e os catadores de lixo são parte importante do processo. A coordenadora de coleta Thaís Rodrigues conta que muito material reciclável chega contaminado, e também há materiais que, apesar de recicláveis, não tem comprador, já que são pintados. Com isso, parte dos resíduos passam por uma esteira de separação e vão direto para o rejeito, indo para aterros e virando lixo comum.
Na manhã desta sexta-feira, catadores de 20 cooperativas protestaram em frente à Prefeitura, no Centro. Eles reclamam da falta de investimento no setor e dizem que as parcerias com o município estão caindo e por isso pedem a revisão de um edital feito pela Amlurb.
O volume de material reciclado afeta diretamente na renda dos catadores. Segundo o Comitê Nacional da classe, 750 famílias de catadores estão em situação de vulnerabilidade. A categoria pede a redução da burocracia para participar dos editais de coleta.